quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Infecção hospitalar é descuido dos profissionais

Enquanto muito se fala da contaminação por micobactérias “escondidas” em instrumentos cirúrgicos, especialistas avisam que os cuidados básicos a serem seguidos por profissionais da saúde estão sendo negligenciados.

Na correria das enfermarias lotadas, médicos deixam de lavar as mãos com água e sabão, por exemplo, cuidado mais básico e eficaz para diminuir o problema de infecção hospitalar. A presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Central do Hospital das Clínicas, Thaís Guimarães, alertou na imprensa que os médicos são os profissionais de saúde que mais esquecem esse procedimento básico.

Também, o excesso de trabalho e a ausência de estrutura adequada, como pias nos locais de atendimento e material são responsáveis pelo problema. Responsável pela área de infecção hospitalar do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, a brasileira Denise Cardo alerta que o controle de infecção é responsabilidade de todos: do diretor do hospital, do médico, da enfermeira, da pessoa que limpa o chão.

Assim, entendemos o porquê do caso no Brasil estar sem controle. Falhas na esterilização dos equipamentos e ausência de comissões de controle de infecções nos hospitais, uma exigência da Anvisa, agravam o problema do esquecimento e correria dos profissionais.

No Brasil, as normas oficiais de combate à infecção hospitalar surgiram em 1983. Hoje, a Anvisa estima que sejam 50 mil óbitos anuais, com uma taxa de infecção hospitalar de 15,5%.

Insistimos, caros profissionais da saúde, que com ações simples, como lavar corretamente as mãos, com água, sabão e produtos à base de álcool, cerca de 50 mil óbitos podem ser evitados. Os protocolos de esterilização e desinfecção estão todos no site da Anvisa.

Se esqueceu, vamos repitir: água e sabão, secar os equipamentos e fazer a desinfecção ou esterilização.

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