quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Textos no Comunique-se



Há alguns meses sou colaboradora do Portal Comunique-se (www.comunique-se.com.br). Apesar de ter acesso restrito a jornalistas com cadastro, qualquer um pode ver os textos publicados lá aqui no blog mesmo, na seção Comunique-se....

Espero que gostem, pois tenho muuito orgulho em ver meus textos sendo lidos por lá....

UHU

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Pessoas...

Gosto de textos
Gosto de escrevê-los
Prefiro escrever
Gosto muito de ler
Me disse que leio o outro
Gosto do outro
Analiso, não pondero
Explodo ao falar
Sereno ao escrever
Há quem seja mais cães que gente
Sou mais papel

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Instante

O contato é breve
Não mais que algumas horas
Minutos, talvez
Logo me perco de novo
Ou me encontro
Em meio a tantas
Se não sou eu
O que quero dizer?
Eus
Ser cebolal
Quase teatral
Máscaras de sim e não
Prefiro o não
Não
Prefiro o eu do papel.

Aos 70

Preciso dividir isso com todo mundo. Encontrei um site muito loooooouco em que vc fica sabendo como será aos 70 anos.

www.futurizeyou.com

Os textos são em francês, mas fica bem fácil entender. Coloque a idade, se é homem ou mulher, centralize o rosto todo e depois boca, olhos e nariz individualmente e aguarde....

Olha eu aos 70...

Pobre



Rica



Muito divertido.. tentem...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Ninguém merece o populismo

Em São Paulo deu Kassab. Tudo bem. Assumidamente sou PT, sou Marta Suplicy, adoro o Supla, mas tudo bem. Kassab é competente e antes de colocar meus instintos feministas à frente da razão - sim, eu quero uma mulher competente no poder -, tenho que admitir que ele faz, que trabalha, é coerente nas iniciativas e não tem deixado a desejar na maioria dos aspectos, principalmente por me parecer um tanto caxias.

Mas, o que me revoltou de verdade foi a volta de Tadeu Leite à prefeitura de Montes Claros. Athos trabalhou, consolidou sua carreira política em bases sólidas, com propostas e ações que beneficiaram, e muito, o povo de Montes Claros, tanto os mais carentes quanto no que tange a abertura de novas possibilidades para estudantes, jovens.

Montes Claros cresceu sob o seu comando. Universidades, empresas multinacionais, emprego e renda. Tudo ia bem. Agora... estou com medo, sinceramente. O populismo nunca foi benéfico. Ganhar às custas do povo ignorante, colocar dentaduras e sacos de arroz na boca do povão não adianta. Não resolve problemas e isso é maléfico.

Perdoai-vos Senhor, eles não sabem em quem votam...

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Presidente da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC manifesta cumprimentos ao trabalho do Semanário da Zona Norte

Por meio de ofício datado de 13 de outubro de 2008, o presidente da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC e combatente da Revolução Constitucionalista de 1932, cap. ref. Gino Struffaldi, manifestou seus cumprimentos ao nosso diretor-responsável, João Carlos Dias, pelo trabalho jornalístico realizado por nosso veículo de comunicação:

Senhor diretor,
Em nome dos membros da diretoria e do Conselho da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC e no meu próprio nome, tenho a grata satisfação de apresentar à vossa senhoria os melhores agradecimentos pela valiosa reportagem publicada na página 18 desse conceituado jornal, no dia 10 do corrente mês, relativa à cerimônia de comemoração da Cessação das Hostilidades da revolução Constitucionalista de 1932. Permito-me ressaltar não só a qualidade de detalhes, como também a exatidão das informações dadas no tocante a episódios, datas, nomes e cargos das personalidades citadas, o que não é comum em reportagens dessa natureza. Fazendo votos para que o Grande Arquiteto do Universo ilumine o caminho de vossa senhoria, subscrevo-me
Gino Struffaldi
Presidente da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC


Apesar dos agradecimentos terem sido dedicados ao diretor do Semanário da Zona Norte, quem fez a matéria fui eu, portanto, quem merece os parabéns sou eu. Se essa distinção não é evidenciada pelo veículo, faço questão de que esteja evidenciado aqui, onde EU mando, onde a bola é MINHA, e se joga o jogo que EU quiser...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Amigos amores

A felicidade é algo que não se explica com palavras soltas. É necessário todo um envolvimento com as circunstâncias para se explicar. O contexto é importante. Hoje, posso dizer que felicidade é poder contar com os amigos, ou contar para os amigos sobre a vida e saber da deles. Ontem foi um dia bom - apesar de ter jogado um galão de 20 litros de água no chão e transformado a escadaria em cachoeira - pude conversar com pessoas que amo, que amo muito e há muitos anos.

Duas Bahias diferentes. Uma que está casada, com dois filhos, temolhos verdes e um corpo esbelto. Linda a minha amiga. Outro, morenaço talentoso, baiano de nascença, que participou dos mais importantes momentos da adolescência. Ambos vivem suas vidas, fazendo enfermagem, trabalhando na saúde, levando alegria para suas famílias e trazendo a felicidade em suas palavras. Saudades meus amores...

No dia anterior foi a vez de duas amigas de duas gerações distintas. 2º grau e universidade. Uma em Brasília, competente demais, sucesso profissional que faz gosto. Outra, em Montes Claros, com uma louca irresponsabilidade que lhe dá charme inconfundível, encontrou o amor. Duas pessoas tão diferentes com as quais me identifico sobremaneira. Amo vcs minhas amigas.

Falta tanta gente... Aí está o perigo de estar só e com um telefone pós-pago.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Jet-leg

Jet-leg é a expressão usada quando uma pessoa fica toda atrapalhada por causa da mundaça de fuso-horário. Agora todo mundo está chique. Pessoas que sequer andaram de avião na vida sentem os efeitos jet-leg por causa do horário de verão. Pelo menos temos uma desculpa plausível para os atrasos, lerdesas e sonolências. Mas, ao contrário de um viajante que muda de fuso, aqui nada mudou, a não ser o horário. Deprimente esses dias de acordar atrasada....

Desafios domésticos



Começou o dia bem, colocou aquela sandália que ele deu. Usou-a no estilo mais casual. Era outra ela. Já na ida, com o trôpego sob os pés, sentiu doer o direito. Prosseguiu. Falida e outra, agora com os pés machucados.

E o dia foi.

A cada um que indagava, uma explicação surgia. Com o passar do dia soube. Teve certeza de que era saudade. Ou apenas mais uma TPM acentuada por questões emocionais irresolvíveis. Tem que vir tudo junto, faz parte do pacote existencialismo.

Pós parênteses, entendeu. O melhor estava por vir. Neste dia, andou mais do que de costume, com a sandália que ardia pelo toque. Uma correia se foi. Prosseguiu. Duas já não existem. Sem a terceira, andar é insuportável.

Tira e prossegue. Pedrinha por pedrinha percebe o sensível, sempre tão bem calçado. Foi-se o trôpego, instalou-se o sôfrego.

E o recipiente vazio precisava de socorro também. Uma longa escadaria o separava da ardente combustão. Superou. Mas, a que preço? O peso da descida teve a contribuição da gravidade. Por que o gás sempre acaba no domingo à tarde? Mais uma para a Teoria do Caos.

Antes, assim que entra em casa, com a cabeça pronta para descartar os pensamentos, percebe que o cachorro está num dia ruim. Provavelmente também teve um dia daqueles. Depois de revistos os acontecidos, o saldo é positivo. Gargalhadas perturbam a alma.

Letargia se converte em ação.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Há dias em que tudo está estranho. A conversa não flui. O digitar não flui. A cabeça não flui. A inspiração não vem e o sentimento de desânimo e frustração é avassalador. Tudo porque o relógio teimou em não se manifestar na hora certa. Quando começa mal, fica difícil consertar...

Déficit de juízes da infância em São Paulo emperra justiça



Como se não bastasse termos milhares de julgamentos pendentes na Justiça Criminal, uma vitória na luta pela criança e pelo adolescente parece não estar surtindo efeito até hoje. O Estatuto da Criança e do Adolescente entrou em vigor há 18 anos, mas o fato é que a Justiça está emperrada por falta de juízes da infância e de Varas da Infância e da Juventude em todo o país.

A cidade de São Paulo é uma das que mais sofre com essa realidade. Enquanto a média no Brasil é de um juiz para cada 438 mil habitantes, ainda muito aquém do necessário, em São Paulo essa média é de um juiz da infância para 733 mil habitantes. Segundo estudo feito pela Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e da Juventude (ABMP), das 2.643 comarcas do país, apenas 92 possuem Varas da Infância, o que representa 3,4%.

Na Capital, das 15 alçadas da Infância e Juventude, quatro só atendem jovens em conflito com a lei, não estando aptas a defender os interesses dos menores e de suas famílias. A alçada da Infância e Juventude tem que atender quando pais separados buscam autorização para retirada de passaportes, viagens e intercâmbios internacionais, ou pais que tenham algum tipo de dificuldade nos colégios dos filhos, entre outras demandas, como atender famílias em situação de vulnerabilidade social que querem dar suas crianças a adoção ou abrigá-las. O local é procurado também por pessoas que têm interesse em adotar crianças.

Com tantas demandas a atender, o número de juízes e de funcionários de outros setores, como psicólogos e assistentes sociais, não corresponde. A Justiça do Estado de São Paulo tem hoje 278 assistentes sociais e 241 psicólogos, mas segundo a Associação de Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (AASPT-SP) seriam necessários mais 300 profissionais de cada área para que os atendimentos funcionassem melhor. Esses profissionais são essenciais para que sejam gerados subsídios para o julgamento do juíz.

Os juízes não são culpados pelo atraso no julgamento dos processos, a questão é que nem o Estatuto da Criança e da Adolescência determina o número adequado de juízes por habitantes, o que faz com que cada um dos 576.103 juízes do Estado de São Paulo fiquem sobrecarregados. Essa situação não é, nem de longe, apropriada, pois cada caso em relação a crianças e adolescentes deve ser muito bem estudado pelos juízes, que acabam não contando com tempo hábil.

O maior prejudicado é a sociedade, que não pode contar com a análise justa em casos que decidem o futuro de uma criança.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Inexpressável

Há algo engraçado em escrever. No caso da poesia, se traduz em palavras sentimentos indizíveis. Há necessidade de expressar o inexpressável, o que há de mais íntimo e secreto. Necessidade de tornar público algo impublicável.

Dizem que a diferença entre o humano e o animal está nisso. A impressão da arte. Por que será?

Saudade é nada


Primeiro vem o drama
Desespero
Água e sal
Dói
Aproxima
Os corpos e a alma
Gêmea
Adoece o corpo
Reconhece
Estar só é bom
Separados
Conhecendo a si
Aprendem
Aproximam-se
Para sempre (?)
Para onde quer que seja
Vive plenamente
Natural
Indivíduo e outro
Outros
Equilíbrio que nos liberta
Liberdade é bom
Saudade é nada

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Adaptar-se

A mudança é fato. Lidar com ela é um parto. É preciso estabelecer uma nova rotina. Estabelecer nova rotina é complicado. Analisar o que se deve fazer, o que se deve esperar, as prioridades do novo momento. Impossível pensar a nova rotina. Ela surge. Aos poucos se acostuma. Se acostumar com algo novo é fácil, desde que seja bom. Fazer ficar bom é uma questão de opção. Opta-se pelo que é mais relevante. E agora? O que é mais relevante? Vamos fazendo, simplesmente, ou planejamos meticulosamente o dia? Esperar não, fazer acontecer sim. A nova rotina, sem qualquer vínculo com outro, se estabelece naturalmente, como tem que ser. Aos poucos se acostuma. Aos poucos se estrutura. Aos poucos, dia após dia, se constrói uma nova rotina.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Bom dia mais um dia...

A rotina era a seguinte: acordava, dava bom dia para o dia, para o céu, para o sol, para as violetinhas na sala, para a pimenteira na janela da cozinha e esquentava o café de ontem.

A cada dia que levantava, sentia como se uma nova oportunidade a esperasse. Assim agia o dia todo.

Depois de dar o melhor no trabalho, realizar suas tarefas com alegria, dedicação e vontade, brincar com os colegas, interagir por msn com os amigos mais queridos, confidenciar desabafos ao colega do lado, voltava feliz pra casa.

Ao encontrar as violetinhas na sala e a pimenteira na janela, refletia sobre o dia e via que nada de tão interessante assim havia acontecido, a não ser mais um dia. Mais um dia em que viveu, riu, se divertiu, trabalhou, amou, produziu, aprendeu.

Um dia cheio de oportunidades de começar novos projetos, pensar e praticar o bem. Nenhum grande plano, nenhum feito mirabolante, apenas mais um dia a caminho do sucesso.

Amanhã, tudo de novo, feito com amor, com interesse, com alegria, e mais um passo para a realização dos sonhos.

Bom dia céu, bom dia sol, bom dia violetinha, bom dia pimenteira, bom dia, bom dia, bom dia!!!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Debate sobre imprensa de distribuição gratuita



No dia 8 de outubro participei do Café Intercom / Saraiva, na Mega Store da Saraiva no Shopping Ibirapuera. Os debatedores do tema "Imprensa de distribuição gratuita" - da qual eu faço parte - foram o prof. dr. Carlos Chaparro; o editor da revista Offline, Ricardo Carvalho Cruz; o editor do jornal Metro em São Paulo, Ricardo Anderáos; e o secretário executivo da Associação Brasileira de Agências de Comunicação (Abracom) Carlos Henrique Carvalho.



O encontro foi proveitosíssimo. O prof. dr. Chaparro é um homem excepcional, cheio de idéias bem autênticas, concretas e interessantes. O Ricardo Anderáos é O cara, tendo participado de diversos projetos de mídias de distribuição gratuita e de intermídias, pois acredita que nenhum meio de comunicação sobreviverá sozinho só no papel. A revista Offline, editada por Ricardo Cruz, é magnífica. Vocês têm que ver. Voltada para o público universitários tem conteúdos interessantes de arte contemporânea, desde skate e grafite até o que circula na alta roda das galerias mais disputadas.

Carlos Henrique disse que as empresas já estão tomando consciência de que é mais fácil chegar ao público pelos impressos de distribuição gratuita, que unem qualidade de informação e custo zero para o leitor. Além disso, a estratégia é informar com rapidez, fazendo o papel que da web impressa.

É engraçado considerar que o jornal impresso passará a ser distribuído gratuitamente, mas é essa a tendência verificada, uma vez que a venda por R#2,00 nada influi na arrecadação da grande imprensa, sustentada pelos anúncios, formato já quase falido de propaganda.

Enfim, a discussão foi calorosa. Principalmente quando entrou no mérito a publicação de um manifesto editado numa reunião em Madri, Espanha. Além de texto pobre, o manifesto não tem qualquer conteúdo relevante quanto à formação de mais leitores, jovens e ávidos por informação, se atendo ao fato de que o governo deve gerar receita para esse meio. Onde fica o jornalismo nisso? O respeito para com o público, o leitor?

Informação de graça, sim...

Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 32



No dia 2 de outubro fui fazer uma matéria sobre a comemoração da Cessação das Hostilidades da Revolução de 1932, que foi iniciada em São Paulo e envolveu vários estados brasileiros, inclusive Minas Gerais, quando fomos inimigos, pois Minas lutava pelo País e São Paulo pela edição de uma Constituição.



O fato é que alguns anos depois do final da Revolução de 32 foi instituída a Constituição, portanto, apesar de terem se rendido nas batalhas, os revolucionários se consideram vencedores da guerra, pois o objetivo foi alcançado.



O que quero observar aqui é o fato de que o Mausoléu do Saldado Constitucionalista, o famoso Pirulito, bem em frente ao parque do Ibirapuera, em São Paulo, tem uma arquitetura estranha, mas esplendorosa.



O ar fúnebre, com caixas contendo os restos mortais de paulistanos, mineiros, goianos, nortistas e outros, é completado pelos mosaicos nas paredes. São verdadeiras obras de arte. Pequeninos retalhos de pedras compõem paisagens com mensagens fortes.
Acompanhem as fotos com atenção...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Quem disse que o Planet Hemp não sabia o que dizia?

Eu me apresento em alto e bom som, para que todos possam ouvir.
Cara sagaz e cascudo, direto do Andaraí.
Eu vou do M para o A,para o R, para o C, para o E, para o L, para o O, espaço, D, 2:sempre representando o hip-hop. Não tem Faustão nem Gugu eu sou o primeiro do Ibope.
Revolução eu vou fazer de maneira diferente: tiro o ódio do coração e tento usar mais a mente.
Botam barreiras no caminho mas sou persistente.
Posso cair, mas me levanto e sigo em frente.
Seguro a bronca, dou um 2 e mantenho a calma.
Se eu vacilar, um filho da puta rouba a minha alma.
Entra Fernando e sai Fernando e quem paga é o povo,
que pela falta de cultura vota nele de novo.
E paga caro, com corpo e com a alma, e entrega na mão de um pastor, pra ver se salva.
Com a barriga vazia não conseguem pensar.
Eu peço proteção a Deus e a Oxalá.
De infantaria que eu sou e to na linha de frente.
Rio de Janeiro, fim de século, a chapa tá quente!

Vários irmãos se recolhem, vão em frente.
Vários também escravizam sua mente.
Eu sei bem, quebro a corrente, e onde passo planto a minha semente.
Gafanhotos nunca tomam de quem tem, predadores senhores que mentem.
Esperem sentados a rendição, nossa vitória não será por acidente.

Voltar rimando na batida cumpadi, é só prá quem pode.
Corpo fechado, rima acesa, cumpadi, ninguém me fode.
O bumbo bate forte, só escapa quem tem sorte.
Misturo hip-hop e samba com sangue da zona norte.
Tão impressionante quanto o b-boy rodando, não deixo queimarem o meu filme, eu tou sempre me valorizando.
Revolução? Quem sabe faz na hora e fica antenado.
Nem tudo o que reluz é ouro, nem televisionado.

Eu tou de aqui de passagem, mas não vim a passeio.
De ciclos em ciclos percorro o meu caminho sem receios.
O meu discurso tem recheio.
Acerto em cheio e creio que o nosso destino final é estar em paz no seio do universo.
Campo de visão aberto.
Minha serenidade eu conservo com versos.
Converso com meus netos, como preto velho que sou, sei daonde vim e sei pra onde vou. Na moral!

Com papel e caneta te forneço o material prá feitura do seu alvará de soltura espiritual.
Não cesse suas preces.
Pensamentos negativos são como fezes: infestam todo o lugar, à procura de alguém que os considere, que os preze.
Por isso delete informações desse naipe do seu leque.
E siga para o alto, ao som hipnótico do stab!

Eu levo a vida e não sou levado por ela.
Na luta, um bom guerreiro nunca amarela.
Pra "mim" poder crescer, me deixe enlouquecer, só você sabe o que é melhor para você.
Eu ergo o peito e vou em frente na parada, não sou controlado e durmo com alma lavada.
Sigo o meu caminho tranquilo e sozinho.
Eu mato a cobra e ainda dou bico no ninho.

Vários irmão se recolhem, vão em frente.
Vários também escravizam sua mente.
Eu sei bem, quebro a corrente, e onde passo planto a minha semente.
Gafanhotos nunca tomam de quem tem predadores, senhores que mentem.
Esperem sentados a rendição. Nossa vitória não será por acidente.

Represento o que sou, com quem ando, onde vou. Traço bem meu caminho, Hip Hop Rio."


O Planet Hemp foi um projeto de músicos de hip-hop que começou em 1993, no Rio de Janeiro, claro. O fato é que foram extremamente hostilizados, principalmente pela classe média conservadora, com acusações de apologia ao uso de drogas. Um dia, se não me engano, o B Negão, um dos músicos da banda, disse que eles não falavam de drogas, falavam de maconha...

Enfim, até hoje sinto o preconceito que suas músicas geraram, mas a maioria das pessoas que recrimina, como ouvia ainda hoje, só sabe da parte da maconha, nunca ouviram uma música como Stab, que coloca a vontade do homem acima das forças negativas do mundo e nos faz pensar que somos os únicos responsáveis pelo nosso futuro.

Não reclama e vai à luta!!!

Viva a democracia... q isso mesmo?

Os candidatos à prefeitura de São Paulo são, em ordem de destaque nas pesquisas, Marta Suplicy (PT),Gilberto Kassab (DEM), Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Maluf (PP), Soninha (PS), Ivan Valente (PSol), Renato Reichmann (PMN), Ciro Moura (PTC), Levy Fidelix (PRTB), Anai Caproni (PCO) e Edmilson Costa (PCB)

Os últimos sequer aparecem nas pesquisas de intenção de voto, mas estão aí e dois deles, Renato Reichmann e Ciro Moura, participaram do último debate promovido pela Record - um proveitoso debate, diga-se de passagem.

Os primeiros colocados, que disputam a ida para um segundo turno, se limitaram a ataques pessoais. Marta ataca Kassab. Alckmin ataca Kassab. Kassab ataca Alckmin. Maluf ataca Soninha.

Quanto aos projetos: Marta foca no metrô para a periferia; Kassab diz que fez mais pela educação; Alckmin terá dedicação total à saúde; Maluf (como sempre) quer obras e mais obras; Soninha quer um jeito diferente de fazer política; Ivan Valente diz que é possível fazer tudo o que precisamos com a arrecadação que temos, desde que os credores sejam cobrados; Renato Heichman elogia a diversidade de propostas e a abertura para o debate político; Ciro Moura quer que o governo abra parcerias com a iniciativa privada, para que todo mundo ganhe.

Ora. Todos estão certos. Algo que deve ser evidenciado é que governar é fazer escolhas. Cada candidato acredita em uma redenção para São Paulo diante de um ponto de vista. Todos são necessários e o mais interessante é o tempo que todos tiveram para expressar seus projetos - apesar de que os primeiros mais se bateram do que propuseram.

Pena que a Rede Globo não vai apresentar o debate com os candidatos antes da eleição. O que aconteceria na quinta-feira, 2 de outubro, foi desmarcado. Por que? Por que a Globo queria fazer o debate apenas com os 5 primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto.

Sacanagem!!!

O debate da Record foi magnífico. Todos falaram em tempos iguais e puderam debater ao vivo o que querem para São Paulo. Alguns convencem mais do que outros, mas todos puderam falar, consolidando a nossa tão sonhada liberdade de expressão, cerceada sempre.

Tudo bem que a Marta diz que não leva mais o Maluf á sério e que o Kassab imita tudo que ela já fez, e faz pior. Tudo bem que o Kassab diz que teve coragem para fazer o que os outros não fizeram, nomeando cada um. Tudo bem que o Alckmin e o PSDB moooorrem de medo do PT e da Marta. Tudo bem se o Maluf fica dizendo que a Soninha fala que fuma maconha e ainda quer ser prefeita de São Paulo.

O fato é que Ivan Valente tem razão: "Gente, para de enganar o povo! Não temos como fazer, baseados em uma arrecadação real, tudo o que vocês estão prometendo. Vamos dar ao povo o que ele precisa, que é educação e saúde. O restante é consequência de políticas públicas reais. Vamos parar de viajar"...