quinta-feira, 26 de junho de 2008

Que coisa...

A hipocresia é grande demais, gente. É um absurdo ficar de fora, vendo as coisas acontecerem, e fingir que nada está acontecendo. Ainda bem que tenho esse blog e a sessão "Ainda bem q ninguém lê". Se não, não sei o que seria de mim, das minhas revoltas, das minhas análises mal acabadas, das.....

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Estou muito feliz... só isso

A dor cura

Estive pensando em fatos corriqueiros e como eles afetam nossa maneira de pensar, agir e sentir. Tudo que nos acontece está condicionado a uma lição? Tudo o que fazemos nos vai voltar em forma de punição ou recompensa?

Tá bom. Posso estar viajando bastante, mas a cada enxaqueca, da qual padeço há anos, volto pensando diferente.

Ontem foi um dia desses. Tédio total, descontentamento com o trabalho, com a vida em si. Pensamentos atordoados e falta de rumo, até que, de repente, não mais que de repente, minha cabeça começa a doer. Uma dor que conheço bem, mas que a cada explosão me derruba com mais força.

Horrível. Fora a dor, o que mais me mata é o fato de nem eu, nem ninguém, poder fazer alguma coisa. Dói muito. Dói de verdade. Enquanto espero - pois é a única coisa a fazer - o remédio decidir se vai agir ou não, penso o quanto é maravilhoso quando estou bem, quando consigo escrever, conversar, levantar a cabeça, andar, rir, raciocinar com clareza.

As tarefas mais simples se tornam deliciosas quando não posso executá-las.

Então, quando a maldita dor vai embora, levanto aliviada, cantarolando, agradecendo por cada grão de poeira que passa por mim e posso enxergar, por cada cãozinho que vejo na rua, por cada sorriso que consigo expressar, por cada virada rápida de cabeça. Banal. Ações banais que valorizo muito após uma crise.

Finalizando... acho que sim. Acredito que os percalços são necessários para darmos mais valor à VIDA, para prestarmos atenção noquanto somos especiais e no quanto nós, apenas nós, somos responsáveis pela forma com que vemos o mundo, o sofrimento, as alegrias e conquistas.

Teste do bafômetro obrigatório pode trazer ainda mais corrupção?

A nova Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, foi publicada no Diário Oficial da União em 19 de junho de 2008, sexta-feira, quando entrou em vigor. Ela trata de que a direção sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que cause dependência é considerada infração gravíssima, com multa de R$955 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

Entre as medidas previstas está a retenção do veículo até a apresentação de outra pessoa habilitada e o crecolhimento da CNH. A Lei diz que o condutpr não pode ter nenhum álcool no sangue; se for flagrado com até 3 decigramas de álcool por litro de sangue (ou 0,15 miligrama por litro de ar expelido) ele paga multa e tem a carteira suspensa; se estiver com mais de 3 decigramas o motorista vai preso com pena de 6 meses a 3 anos.

A lei também proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estradas federais, exceto em trechos dentro das cidades; passa a ser obrigatório se submeter ao testo do bafômetro, que antes era opcional; e se o motorista se recusar a fazer o teste, sofre as mesmas sanções aplicadas ao motorista embriagado.

Tantas considerações são úteis, principalmente se contarmos que só até 30 de maio de 2008 já foram registrados 32.387 acidentes de trânsito nas Rodovias Federais por conta do consumo de álcool com 1.497 mortes. Sendo que em 2007, durante todo o ano, foram registrados 28.898 acidentes com 1531 mortes.

O necessário, agora, é que sejam estabelecidas as formas de aplicação dessa lei, uma vez que apenas quatro dias após ser instituída, um motorista prestou esclarecimentos e foi liberado após o bafômetro ter apontado 0,89miligramas de álcool por litro de ar expedido, ou seja, seis vezes maior do que o indicado para pena de prisão.

O que devemos pensar, e cobrar das autoridades, é a aplicação correta da lei. O que impede o aumento do pagamento de propinas? As autoridades estão preparadas para lidar com esse novo tipo de infração? Quanto vale a obrigatoriedade do uso do bafômetro?

Sim, são apenas questionamentos, mas a sociedade tem que estar atenta, uma vez que a Lei deve funcionar e ser aplicada a todos, independente do quanto pode ser oferecido para a ‘cervejinha’ ou o ‘café’ da autoridade.

Já são 600 mil seguranças clandestinos em São Paulo

Baixos salários e falta de treinamento. Os homens de preto têm tomado conta de bares, restaurantes, empresas e condomínios de São Paulo de forma descontrolada. Seguranças irregulares se espalham pela cidade e já chegam a 600 mil na clandestinidade, segundo estimativa da Polícia Federal (PF).

A invasão de “profissionais” despreparados para atuar na área se deve a dois fatores principais de acordo com a PF: o mercado crescente e a falta de fiscais para controlar a atividade, responsabilidade da PF. O que mais preocupa é a atuação de policiais militares e civis que fazem ‘bico’ de segurança privada nos contra-turnos, o que é proibido .

Casos de abusos ou omissão têm chocado o Estado nas últimas semanas. Em um deles um rapaz de 23 anos foi espancado na saída de uma casa noturna em Sorocaba por 10 jovens. Vendo as imagens do circuito de TV, nota-se claramente que dois seguranças assistiam à cena sem fazer nada. O rapaz espancado está em coma.

Em outro caso, um jovem de 19 anos morreu espancado ao ser retirado de uma festa junina Portuguesa. A família acusa os seguranças do clube.

Em números, 139.800 seguranças particulares estão cadastrados na Polícia Federal do Estado de São Paulo, ou seja, passaram pelo curso de 160 horas e receberam a carteira funcional. No Brasil são 436 mil seguranças particulares cadastrados e estima-se 1,5 milhão de clandestinos. Para cada 726 profissionais oficiais, devidamente cadastrados e treinados, existem 2.500 seguranças clandestinos.

O cientista social da Universidade de São Paulo (USP), André Zanetic, esclarece que as casas noturnas vão buscar lutadores de academia para fazer a segurança, com biotipo alto e forte, mais pela aparência, porque essas pessoas não têm o menor preparo para lidar com confusões, por exemplo.

A PF promete fechar o cerco à fiscalização em São Paulo, e é isso que esperamos. Mas o número crescente de pessoas na atividade - que hoje chega a 250 novos profissionais de segurança privada por dia nas ruas - dificulta o controle.

Também, quem deve estar atento a isso são as próprias casas noturnas, que perdem ao contratar profissionais despreparados, uma vez que a segurança é ponto fundamental de um estabelecimento, mas sem abusos.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Convenção do PTB consagra apoio à condidatura de Geraldo Alckmin para prefeito de São Paulo

No dia 21 de junho, sábado, aconteceu a convenção municipal do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em que a tônica principal foi o apoio à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), que confirma a aliança, congregando ainda o Partido Social Democrata Cristão (PSDC). Nos próximos dias, se juntam à aliança o PHS e o PSL, culminando com apoio forte ao candidato Geraldo Alckmin.

Delegados, filiados e simpatizantes do PTB compareceram à convenção municipal e ovacionaram Geraldo Alckmin, que lançou chapa única para a Prefeitura de São Paulo deixando Gilberto Kassab e o Partido Democratas (DEM) livre para concorrerem sozinhos. E a aliança garante um vice na chapa de Alckmin para o PTB.

"Corajoso, competente, ex-prefeito, ex-deputado estadual e federal, duas vezes governador, e agora pleiteia, com todo direito do mundo, a Prefeitura de nossa cidade. Geraldo Alckmin para prefeito de São Paulo (...) pelo bem do nosso Brasil, mostra determinação e boa vontade", disse, incisivo, o deputado estadual Campos Machado, presidente estadual do PTB-SP.

Enfim, candidato

Geraldo Alckmin participou da convenção municipal do PTB algumas horas antes da confirmação de que a dissidência do PSDB que aprovava a candidatura de Gilberto Kassab retirasse o pleito. Sem fazer críticas aos tucanos que apoiavam Kassab, Geraldo Alckmin apenas comentou que "quem decide pelo PSDB é o PSDB".

Em seu discurso, Alckmin agradeceu o apoio do PTB, lembrando a trajetória política que os partidos já traçaram juntos e o que deve ser feito por São Paulo na Prefeitura.

"É uma alegria estar nessa festa bonita do PTB, meu partido. (...) Campos Machado se tornou o deputado das últimas eleições mais votado do Brasil. Amadurecemos, aprendemos mais, nos preparamos mais para servir a São Paulo, é isso que nos estimula. As pessoas para nós não são invisíveis, nós enxergamos o povo, seu sofrimento, as suas dificuldades, e é para isso que trabalharemos. O PTB é a identidade de São Paulo, porque São Paulo é trabalho e tudo se realiza através do trabalho. Essa é a cidade que tem gente do Brasil inteiro, do mundo inteiro, que vem para realizar sonhos através do trabalho. Vamos nos integrar com o valor da democracia cristã, com o compromisso dos trabalhadores do PTB e com os sonhos da social democracia brasileira de tantos companheiros. Hoje é a convenção do PTB, do PSDC e do PSDB e mostra a importância que tem a disputa. (...) Faço política com amor, é com amor para servir à nossa população, nós vamos trabalhar pelos 11 milhões de brasileiros de São Paulo, para consolidar essa cidade mundial, uma cidade organizada, para que sirva a saúde, creches, recriar as frentes de trabalho para quem está precisando de trabalho, para que eles tenham a oportunidade de emprego. (...) Nossa aliança é com vocês, é com o povo de São Paulo, para servir, para trabalhar com amor pelo nosso povo. Obrigado PTB", foram as palavras de Geraldo Alckmin na convenção municipal do PTB.

PSDC

José Maria Eymael, presidente do PSDC nacional, afirmou na oportunidade que a aliança entre os partidos é em prol da cidade de São Paulo. "Hoje se escreve uma das mais importantes páginas da história política do Estado de São Paulo e da cidade de São Paulo. São três vertentes de pensamento brasileiras que se juntam, a social democracia, o trabalhismo e a democracia cristã com o projeto fundamental de conquistar o poder e transformar o Estado de senhor em servidor".

Quanto às necessidades de São Paulo, o presidente do PSDC nacional observa que o transporte é, sim, um dos grandes desafios a serem vencidos. "Com competência, inteligência, sensibilidade e, acima de tudo, foco. Nós temos alguns problemas fundamentais em São Paulo, o trânsito é um deles e é preciso administrar, estabelecer prioridades e ter foco, não se desviar dos problemas fundamentais e o trânsito é um deles, insisto", enfatizou José Maria Eymael.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Liderança exclusiva para o exército

Tenho feito várias matérias e reportágens sobre o nosso Exército Brasileiro. Muitos os conclamam, evidenciam, e até, reverenciam. O que há de tão bom em fazer parte deste mundo?
A figura masculina predomina e é quase exclusiva. Alguns fazem questão de que eu note que o alvo do olhar é o meu decote, por mínimo que seja. Isso é um ponto extremamente negativo.

Mas, ao olhar mais atentamente, percebi que o treinamento vai muito além de passar dias embaixo d'água, comer coisas estranhas na mata, ou cantar o Hino Nacional com fervor em direção à digna Bandeira Nacional. Há muito mais, é claro, mas o principal é o investimento que fazem para formar líderes.

Não falo de líderes apenas para o comando de frações ou tropas ou batalhões, falo de líderes de verdade.

Neste momento acontece um seminário no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de São Paulo (CPOR-SP). "Liderança e ética: ferramentas para o comando", é esse o título do seminário que tem como objetivo transformar jovens de 19 anos em líderes para o resto da vida.

Sim. Isso é possível. Mas é fechado. O comandante me disse que foi tudo muito em cima, que não deu tempo de fazer a divulgação adequada. Não acredito. Os conceitos estudados são profundos. Especialistas de todas as áreas que se ocupam de conceitos e ferramentas de transformação a fim de que um indivíduo se torne líder estão expondo a uma minoria neste momento. Quase não há civis.

Uma mulher vagava tímida na abertura do seminário. Fora eu, que estava lá trabalhando. No segundo dia de palestras com muito conteúdo a mulher desapareceu, certamente intimidada pelo ambiente hostil.

Eu que sei o quanto é hostil. Claro que as pessoas me respeitam ao máximo, mas sinto que fazem questão de deixar claro que sou visita e que vá logo e que permaneça pouco.

Engraçado é que na Aeronáutica não sinto a mesma coisa. Há muito mais mulheres e as conversas são mais amenas, claras, sinceras até.

Vai uma dica: o exército preserva seu machismo e esculacha eventuais homossexuais do quadro. Fala sério. Abram este mundinho. Daqui à pouco - principalmente com casos como o de entregar "inocentes" a facções criminosas - todo o orgulho à Pátria estará concentrado no futebol e na Parada Gay.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Saudade egoísta


Sim. Já havia alguns dias que não postava, talvez porque estivesse tudo bem demais... muito bom mesmo, e os assuntos pareciam mais interessantes quando conversados ou discutidos. Mas, enfim, ontem foi um dia fatídico.


Por volta das 22 horas chegou-nos a notícia do ataque cardíaco fulminante que levava um grande amigo embora.


Só quero dizer que, esteja onde estiver, Bolas, o André, Bolão, estará sempre nos nossos corações. E ele sabe disso, tenho certeza.


Agora, o que dizer? O que fazer? Apenas lembrar dos momentos magníficos que tivemos em sua companhia, da risada, do jeito bonachão de rir da desgraça alheia, do mal humor que lhe dava aquele charme, do "faaaaaaaala doooooooida", como anunciava ao telefone.


Dos jogos de truco só tenho que rir, das bebedeiras em sua casa... mais ainda.


E aquele jogo de xadrez. Vc me ensinou a jogar e ainda perdeu pra mim na primeira partida. Só pode ter me deixado ganhar, pois odiava perder.


E que ombros molhados os seus, André, nos quais chorei as mágoas do fim de namoro durante uns bons meses. E depois, quando tudo estava bem, seus votos de felicidades foram um dos mais importantes para mim, porque vc sabia o que tinha acontecido.


É amigo. Vc se foi e me restam as lembranças.


Sim, sou egoísta. Estou sofrendo um bocado porque não poderei mais desfrutar da sua companhia, e o que mais dói é pensar que eu podia, que eu devia ter aproveitado mais momentos junto de vc.


Somos egoístas. Fá e eu sempre quisemos ir ao Cerrado, famoso cerrado de Porteirinha, MG, ao qual vc sempre disse que nos levaria. Prometeu e não cumpriu...


Enfim, choramos sim, mas não por ter ido embora, e sim por persistir em nossos corações o amor que sentimos, a admiração da qual nunca falamos, o carinho do olhar que há quase dois anos não trocamos.


Adeus meu amigo, saiba que daqui cuidaremos para que sua memória esteja sempre viva....
Tha, espero que vc receba a energia que te mando desde ontem, que saiba e que tenha a certeza de que o amor é um sentimento infinito. Assim como o amor dói, ele cura, e o meu amor por vc, minha amiga, viaja até te alcançar para te dar o quanto de força for necessário para te acalmar, abrandar seu coração, confortar sua alma.
Sinta. Estamos aí.


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Discorde

A cada dia percebo que entender o ser humano é tarefa impossível. Conhecê-lo com propriedade é também um desafio. Por mais que convivamos de perto não há como identificar todos os traços da personalidade, prever reações ou desejos.

Será que a psicologia entende o comportamento humano, ou simplesmente o descreve procurando coincidências? Percebo que não é possível intrepretar as ações pura e simplesmente para se compreender alguém. É necessário muita conversa, especulação, desentendimentos e outros instrumentos para chegar, ao menos, ao nível mais tênue de conhecimento.

Conversando com um promotor de justiça ouvi algo que soou verdadeiro. As pessoas têm dificuldade em conversar no sentido compelto da palavra. Por mais que uma pessoa se considere democrática em aceitar o direito do outro de ter uma opinião diferente, o que é perfeitamente normal e aceitável, sempre interpelamos, interrompemos, falamos mais alto na tentativa de sermos ouvidos, e mais que isso, fazer com que a pessoa, a qualquer custo, se convença dos nossos argumentos.

Mas, o convencimento não é necessário. Podemos perfeitamente conviver com idéias diferentes das nossas, aprendermos a conversar e discutir sem brigar, sem degladiação, sem desrespeito ao que é diferente.

Assim entendo e quem discordar, que exponha....