terça-feira, 16 de setembro de 2008

Confissões tepeemísticas

Tudo começa com uma leve tristeza que se abate, principalmente para ser compartilhada com as pessoas em quem mais confia. Toda carente, peço colo para o maridão. Quero cafuné. Quero carinho. Quero ficar caladinha, deitada sobre o seu peito. Só.

A segunda fase é mais turbulenta. Grosserias são distribuídas de forma gratuita. As palavras ficam sem controle diante de uma sensação indescritível de tolerância zero, ou melhor, tolerância negativa à quaisquer que sejam os comentários.

Quem sofre mais, é claro, que a portadora do turbilhão, mas, geralmente, o marido é o alvo mais certeiro, mais eficaz, mais mortalmente atingível de todos. Com os outros ainda dá para se controlar, mas em casa, à dois, tudo é motivo para um descontrole. Arremesso de objetos decorativos é esporte superado, pois já não há o que tacar.

Enfim, inchada, a mais horrenda das criaturas sobre a Terra, cabelo desgrenhado, a vaidade passa longe.

Eis que, não mais que de repente, aquela visita que, a mim, mais alegra do que incomoda.

- Desceu! Suspiramos aliviadas com apenas algumas dores nas costas ou cólicas passageiras.

Cólicas passageiras sim, porque a dor no corpo é facilmente resolvida com um dos comprimidos milagrosos disponíveis no mercado. Mas, a dita cuja, a maldita, a indizível TPM, nem com Prozac.

Um comentário:

Josie... disse...

É amiga, compartilho fielmente deste seu estado doméstico, só que no meu caso com agravantes, casa da sogra e sem esta visita no final que alivia. Falta de privacidade, rotina e impaciência corroem. Tô a beira de um ataque. Um grande bjo pra vc.