quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Estratégias para burlar blitze são arquitetadas por bares e casas noturnas



O movimento de pessoas com carros nas casas noturnas e bares de São Paulo, mais especificamente na Vila Madalena, teve uma redução de 70% segundo as empresas de valets que atuam no local. Mais de três meses depois que a Lei Seca entrou em vigor, empresas de valet prestam outros serviços além de guardar carro: eles estão, agora, avisando os clientes sobre a localização das blitze nas madrugadas.

Utilizando-se de rádios e telefones celulares, os valets colhem informações com colegas e taxistas sobre onde estão localizadas as blitze na madrugada de São Paulo e avisam os clientes para evitarem determinadas ruas. Há os enfrentam o risco de serem pegos e há aqueles que contam com informações privilegiadas.

Empresas de valets chegam a disponibilizar um motorista que faz rondas ao redor do estabelecimento a fim de alertar os clientes da presença da Polícia Militar. O fato é que a proibição, como idsse o professor Ari Refheld, da Faculdade de Psicologia da PUC, acaba fazendo com que o cidadão reaja da forma contrária. Assim, considera que o cidadão está sendo tratado como criança mimada, mas quanto mais há proibições, mais brota a vontade de transgressão.

Com a ajuda dos valets, então, essa transgressão é certa.

Especialistas acreditam que deveria ter havido um plebiscito, em que a população pudesse ser consultada antes da imposição da lei, pois agora não tem mais jeito. A lei está, sim, correta, uma vez proíbe a circulação de pessoas embriagadas ao volante, perigo eminente para suas próprias vidas e outras, mas a tomada de consciência deve acontecer desde já, com uma educação de trânsito voltada para as crianças.

Assim, a lei deixa de ser uma imposição e passa a fazer parte da ética do cidadão em sociedade.

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