quinta-feira, 17 de julho de 2008

Santana completa 226 anos, mas sem muitos motivos para comemorar

Parabéns, bairro de Santana, por seus 226 anos de vida. Apesar da idade avançada, é um dos bairros mais jovens de São Paulo. Estar do outro lado do Rio Tietê, sem dúvida, atrasou seu desenvolvimento, mas agora não há mais motivo para o esquecimento, muito pelo contrário. Apesar de todo o abandono que sofreu e sofre a região de Santana, possui um dos metros quadrados mais caros da cidade de São Paulo.

Sua pujança comercial é evidente, seu clima é agradável, suas ruas cheias de famílias tradicionais que o amam, admiram e querem bem.

Evidente que Santana precisa de obras, de asseio, de investimentos, de cuidados. Cuidados estes que há muito não são dados pelas subprefeituras que se seguem. Após a gestão de Hélvio Nicolau Moisés, o primeiro subprefeito da região Santana/Tucuruvi, criada em 2002, muito pouco tem sido feito pelo bairro.

A questão é que não podemos mais conviver com a sujeira, com o mal cheiro, com a falta de segurança pública. Carros e pedestres tendo que dividir espaço porque a cada dia aumenta o número de barracas nas calçadas, especialmente as Ruas Voluntários da Pátria e Leite de Moraes, que se tornaram intransitáveis, sendo evitadas por todos.

Pedimos, encarecidamente, que a próxima gestão municipal escolha um dos muitos políticos competentes que temos na região para gerir Santana. Alguém que conheça suas dificuldades e belezas, e saiba resolver os problemas e destacar ainda mais as qualidades, que saiba tratar com respeito seus moradores de igual para igual, que seja morador e apreciador dessa Santana não vilipendiada pelas autoridades.

Um bairro nobre sim. Nobre pelos seus moradores, que fazem de tudo para permanecer em Santana, convivendo com suas mazelas, diminuídas pela grandeza de sua história e de sua gente.

Santana merece mais atenção e lutaremos para que tenha o melhor.

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