quinta-feira, 10 de julho de 2008

Motos são vilãs na poluição do ar em São Paulo, mas filtros e catalisadores resolvem o problema

Parece difícil de acreditar, mas as motos poluem 6 vezes mais que os carros hoje. Mesmo tendo reduzido sua participação na poluição desde 2000, quando poluía 16 vezes mais que um carro, as motocicletas continuam sendo vilãs na emissão de monóxido de carbono na armosfera segundo estudos da Divisão de Engenharia e Fiscalização de Veículos da Companhia de Tecnologia de Saneamentos Ambiental (Cetesb).

A maior parte da frota de 1 milhão de motos que circula na Grande São Paulo, ou seja 57,8%, está poluindo o ar sem controle, respondendo por 17% da poluição. Em comparação, os modelos de motocicletas 2007, que já vêm com alterações anti-poluentes, emitem 1,82 grama de monóxido de carbono por quilômetro rodado (g/km), contra 0,33 g/km dos carros.

A diferença pode ser considerada pequena, mas apenas 10% da frota de motos é composta por modelos de 2007 para cá, o que significa que a grande maioria continua causando problemas para o meio ambiente e para a saúde dos próprios motociclistas, que são quem mais sofre com a poluição do ar.

Olhos vermelhos e irritados, dores de cabeça e problemas respiratórios são apenas alguns dos sintomas da convivência direta com a poluição, especialmente verificada naqueles que percorrem entre 120 e 150 km por dia no trânsito de uma grande cidade como São Paulo.

A Associação Brasileira de Motociclistas (Abraciclo) afirma que as empresas fabricantes de motos estão se adaptando rapidamente ao Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot), isntituída em 2003. Um programa semelhante para a contenção da poluição de carros demorou mais de 20 anos para estar completa, por isso a diferença.

A principal ação é a instalação de catalisadores, que devem começar na terceira fase do Promot, em 2009, que reduzirá as emissões consideravelmente. O desafio, agora, é a falta de espaço físico que tem uma moto para a colocação do equipamento. Um ponto contra é que o equipamento de catalisação pode elevar em até 15% o preço das motos no mercado, especialmente as de 150 cilindradas, maior parte da frota e as mais poluentes.

De qualquer forma, filtros e catalisadores, compenentes antipoluição, devem ser isntalados em todas as motos. Mas, como ficam os caminhões com mais de 20 anos de circulação e os ônibus, que certamente são os reais vilões dessa história?

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