quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A utilidade do ser liberto e criativo

Melhor seria se um domador inerente a nós mesmos guiasse nossa conduta, mostrando o caminho mais fácil para as realizações, uma vez que tentar e errar, tentar e errar, tentar e errar é característica própria do ser humano bobo.

Se fôssemos ensinados e condicionados a agir de determinadas formas, para agradar determinadas pessoas, a fim de uma unidade quanto a determinados comportamentos seria tão mais fácil.

Pensar dá trabalho, cansa e frustra. Nunca sabemos o que é certo, nunca sabemos o que é errado. É angustiante. E a necessidade de pensar em certo e errado, correto e incorreto, fazer ou não fazer devia depender única e exclusivamente de situações pré-determinadas.

Ao sermos domados, como um animal selvagem, que nada sabe e apenas repete o que lhe é (im) posto, evitamos traumas, dores, aflições, questionamentos inumeráveis e indizíveis.

Poupar escolhas devia ser uma regra. Fazer apenas aquilo para o que fomos programados; encher-nos de informações úteis para o dia-a-dia sem sequer observar outras realidades.

Sermos condicionados sem condições, sem poréns, apenas comandos executáveis e correspondência a um sinal já estabelecido. Que maravilha! Sem livre arbítrio, sem múltipla escolha, sem muitas explicações, sem sentido mesmo. Executar o comando. Ponto.

Como ser inteligente que é o humano, não necessitaria chicote, choque ou chinelada. Domados pela simples pré-disposição a ser domado. Simples, insípido, inodoro, incolor. Importante que seja insípido, inodoro e incolor. Essas coisas trazem muitas lembranças e para quê servem as lembranças, a não ser para o despertar de sentimentos que nos tomam de assalto e nos levam até o fôlego, roubando-nos a quietude.

Domados sim e bem domados, de forma a apenas obedecer o dito e estabelecido, esquecendo inúteis intuições e instintos, que também não servem para nada além de colocar-nos em ciladas e inseguranças.

Quer saber? Esqueçam. Finjam que nada disse. Finjam que nem estou aqui. Finjam que nunca existi. E jamais – prometam – jamais voltarão a ler tais absurdos, que apenas estão impressos em defesa da LIBERDADE e da CRIATIVIDADE.

Um comentário:

Gabriel Perissé disse...

Parabéns, Laryssa! Lema de muitos escritores: nenhum dia sem ao menos uma linha!

É um desafio, mesmo que a gente desafine. Mas assim caminhamos em direção sempre do ponto de partida.

Gabriel Perissé